Meu pai é um artista. Minha mãe adorava escrever. Eu me considero um artista-escritor. Toda arte que produzo, tudo que escrevo, traz algum sentimento que captei ou vivi.
Quanto mais eu mergulho nesse mundo, mais penso que o artista é um solitário. Mesmo rodeado de pessoas, a Bolha em que ele vive é a única certeza que há. E por mais que essa solidão pareça triste e deprimente aos olhos de terceiros, é algo tão grandioso e nobre que somente ele e Deus conhecem.
O artista se conecta tão profundamente com os sentimentos e emoções que é capaz de tocar almas com o que produz. Ninguém consegue tocar almas. Mas um texto, uma música, um quadro, um desenho, um filme, conseguem.

E a pessoa que consome a obra se sente amparada, acompanhada, abraçada, compreendida. Há músicas que me fazem chorar. Há músicas que me fazem sorrir. Há músicas que me entendem. Como pode uma música me entender?
Quando você está sozinho, realmente sozinho, olha para si e talvez não consiga saber o que vê. Então uma obra de arte vem, te abraça e te explica o que está sendo visto. Descreve o sentimento de uma forma que ninguém jamais conseguiria. É um dos meios que Deus utiliza para falar conosco.
Deus é sutil e genial. Melhor falar com nós através de artista, que tocarão dezenas, centenas, milhares de almas, do que fazer desenhos em nuvens.
O artista é, portanto, o telefone de Deus com as almas deste mundo. Procure a arte que você gosta para saber que não está sozinho e o que Ele tem para dizer a você.