Às vezes eu sento diante de uma tela em branco no computador, com o sentimento de que devo procurar palavras para explicar algo que está no ar. É leve e, por isso, denso. Pensamentos e conexões com a vida, as pessoas, o infinito. Ideias, criaturas e criações que buscam sua própria descrição para saberem o que são.
Parece que tudo que há neste Universo está procurando uma resposta e que a resposta é a mesma para todas as questões.
Vida, luz, amor, respeito, conhecimento e humildade são trilhas que levam ao que procuramos. A resposta, porém, está dentro de nós, em cada espaço vazio entre nossos átomos, em nossa alma e também na consciência material.
O simples fato de existirmos e nos questionarmos já me faz pensar que talvez sejamos a própria resposta:
- Se do Nada viemos e para o Nada vamos, não deixamos de ser o Nada em nenhum momento, apenas assumimos uma forma diferente durante sua jornada;
- Se do Nada viemos e consciência criamos, talvez a própria criação de nossa consciência seja a conexão que faltava para chegarmos a compreensão plena, restando a nós continuarmos a jornada;
- E/ou se nada pode surgir do Nada e tudo sempre existiu, somos uma “apenas” uma existência em mutação constante que encontrará em si sua própria explicação, talvez não individualmente, mas como parte do Todo Eterno.
Nós: todas as criaturas e criações do Universo. Leve como o ar, denso como somos.