Surpreendi alguns amigos próximos quando eles descobriram que eu sou cristão. Eles achavam que eu era ateu ou agnóstico. Acontece que ambos são ateus ou agnósticos – não tenho certeza qual das duas formas de pensar eles adotaram, e, por isso, eu simplesmente nunca comentei ou falei nada a respeito de minha crença, por questão de respeito,
Na época em que eu convivia mais com eles (hoje eles vivem no exterior), minha crença ainda não era muito firme, é verdade. Com o passar dos anos, foi se solidificando, encontrando mais fundamentos, além das tradicionais experiências pessoais que sempre acabam fortalecendo muitos crentes.
Eu gosto de falar e ler sobre Jesus. Nos tempos em que vivemos, infelizmente, muitas vezes ao citarmos Jesus, vêm na cabeça das pessoas que somos reacionários, fanáticos religiosos e que buscamos a Bíblia ou qualquer texto religioso para justificarmos nossos preconceitos e falhas. “Não é que eu odeie gays, apenas sei que eles são pecadores que vão queimar no inferno porque é isso que está na Bíblia”. Absurdo.
Minha crença é em Jesus, o espírito mais evoluído que se tem conhecimento, que nos deixou bons valores e mensagens poderosíssimas que atravessaram milênios.
Das religiões cristãs, identifico-me com o Espiritismo. O Espiritismo, codificado por Allan Kardec, vai em encontro a sentimentos e crenças profundas que estão em meu ser. Quando leio ou ouço certos materiais Espiritas, é como se alguém estivesse me dizendo algo óbvio que eu sempre soube, relembrando algo que eu havia esquecido ou me explicando algum fenômeno comum do dia-a-dia que eu já observo, mas nunca parei para entender.
Acho que a melhor analogia com o que eu sinto é a seguinte: estou observando um belo pôr do sol, com temperatura muito agradável, uma brisa fresca e pássaros cantando. É tudo muito bom. Então, alguém me descreve a temperatura exata, explica porque o céu está com aquelas tonalidades de cores, quais são as cores, a velocidade e direção da brisa e quais são as espécies de pássaro que estão cantando. Esse “alguém” que descreveu o que vejo e explicou seu mecanismo, é o Espiritismo.
Outra analogia: estou fascinado ouvindo uma música excelente. Alguém me explica quais os instrumentos que ouço, a história da música e a letra. Esse “alguém”, é o Espiritismo.
Jesus foi um grito de Deus, uma forma clara de passar uma mensagem, um legado, uma marca na civilização.
E Deus normalmente não grita. Ele é muito sutil, quase sussurrando.
Mas, no tempo atual da história, Ele está elevando um pouco o tom da sua voz. O que a Pandemia, as intermináveis crises políticas e os desastres naturais recentes do nosso país, Brasil, nos dizem? Veja tudo como um processo evolutivo em que nós vamos avançando de fase conforme nossos próprios méritos e essas provas e expiações que estamos passando nos dirão muito. O que estamos fazendo? O que nós, almas, estamos aprendendo com essas desgraças? O que Deus nos diz?
Cabe a cada um buscar essas respostas que, se você prestar atenção, verá que elas nos foram sopradas há mais de dois mil anos. Jesus nos passou cola na prova.